Treinar sprinting protege os isquiotibiais de lesões

Medicina Esportiva, Treinamento Força, Velocidade

O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos da flexão nórdica (FN) e do sprint na força excêntrica dos isquiotibiais e no desempenho de sprint em atletas juvenis.

✔ ESTUDO
Foram sujeitos 28 atletas adolescentes de esportes intermitentes divididos em 2 grupos: G1= treinamento de FN e G2= treinamento sprint. O estudo durou 4 semanas. O G1 treinou FN 2 x semana (2×5 progredindo até 3×6). O G2 treinou sprints (6 x 30m até 10 x 40m) na última sessão na semana 4. Foram avaliados em força excêntrica dos isquiotibiais (Nordbord) e o desempenho de sprint. Além da intervenção, os sujeitos também faziam 2 sessões adicionais de treino de força e 2 sessões de treinamento específico para esportes por semana.

✔ RESULTADOS
Enquanto o treinamento excêntrico (FN) produziu um ganho maior na força excêntrica dos isquiotibiais, essa melhora não foi significativamente maior do que no grupo de sprint, o que sugere que o treinamento de sprint pode ser uma alternativa ou complementar ao NHE em um programa de treinamento.

Além disso, o estudo demonstra que 4 semanas é tempo suficiente para desenvolver melhorias na FN em atletas adolescentes. É necessário um equilíbrio cuidadoso ao programar o treinamento de sprint junto com o exercício excêntrico para os isquiotibiais durante um microciclo de treinamento.

✔ NA PRÁTICA!
O treinamento de sprint causa mais dor após uma sessão em comparação com a FN. Portanto, é necessário um equilíbrio e cuidado ao planejar uma semana de treinamento de sprint junto com o exercício excêntrico.

Se os jogos são de final de semana, volumes baixo-moderados de sprint (ex: 5 x 20-30 m), juntamente com FN (2-3 x 5-6 repetições) podem ser colocados em uma terça-feira. Isso dará aos atletas tempo suficiente para se recuperarem do último jogo e para o jogo seguinte.

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João Coutinho

📌 DOI:10.23736/S0022-4707.18.08703-0

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