Como o déficit de direção para esportes coletivos pode influenciar seu treinamento?

Treinamento Esportivo, Velocidade

O déficit de mudança de direção (COD) foi criado e popularizado por Sophia Nimphius e recentemente comentei sobre como usá-lo no meu novo livro AGILIDADE: ciência e prática (veja AQUI).

No entanto, giros de 180° não são comuns em muitos esportes intermitentes (ex: futebol, tenis…) Um teste para avaliar a capacidade de “corte”, portanto, pode ser mais útil para modalidades em que a maioria dos CODs são entre 0-90°.

O objetivo deste estudo foi examinar a aplicação do déficit de COD a 90° para ver se o déficit fornece uma avaliação da capacidade de corte de um ATLETA.

✔️ ESTUDO

Trinta e seis atletas universitários de esportes coletivos (idade: 18-22 anos) realizaram três sprints de 20 m com tempos parciais de 5 m, 10 m e 20 m com 1 min de descanso, bem como dois testes de COD (testes de corte 505 e 90). Todos os testes foram realizados no mesmo dia.

✔️ RESULTADOS

Tempos de sprint e teste de corte de 90°: correlações significativas de moderadas a grandes para cortes à esquerda e à direita.

Tempos de sprint e teste 505: correlações significativas de moderadas a grandes para curvas à esquerda e à direita.

✔️ NA PRÁTICA!

Com base nos resultados, os autores sugerem que o déficit de COD pode ser aplicado ao teste de corte a 90° para isolar a capacidade de COD. Praticamente, a maioria dos esportes coletivos não requer muitos giros de 180°), então o teste de 90° pode fornecer maior validade. 

É importante observar que ambas as pernas devem ser testadas e, talvez, em um novo nível, um valor de assimetria pode ser obtido para influenciar ainda mais sua programação.

você pode fazer com que atletas com maiores déficits passem mais tempo em campo realizando COD em vez de trabalho de velocidade linear. Além disso, eles podem ter uma ênfase em exercícios de vetor medio/lateral na academia (ex: tração lateral com trenó).

Os atletas com grandes assimetrias podem potencialmente realizar mais 1-2 repetições na perna mais fraca.

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Forte abraço (João Coutinho)

📌 JSCR 33(8), August 2019 [A1045]

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