Hiperextensão reversa vs hiperextensão: qual e para que finalidade?
✔️ ESTUDO
O objetivo deste estudo foi determinar se existem diferenças entre a hiperextensão reversa (HDR) e a hiperextensão dorsal (HE) em termos de ativação muscular, amplitude de movimento (ADM) e momento de extensão lombar.
Vinte sujeitos masculinos fizeram 2 x 10 repetições (com cadência de 1s para subir e descer) em cada uma das máquinas RHE e HE. A atividade muscular dos eretores da espinha, glúteo máximo e bíceps femoral foi registrada. Um transdutor de força foi usado para medir a força e ambos os exercícios foram carregados igualmente.
✔️ RESULTADOS
• A atividade muscular integrada foi significativamente maior durante o HE tanto no bíceps femoral (+19,2%) quanto no glúteo máximo (+23,2%). Atividade muscular integrada semelhante foi encontrada para os eretores da espinha. A ativação muscular máxima e média não foi diferente entre os exercícios em todos os músculos.
• A ROM isolada foi significativamente maior durante o HE em comparação com o RHE (+10,7°).
• A ADM total foi significativamente maior durante o RHE em comparação com o HE (+10,9°).
✔️ NA PRÁTICA
Aqueles com dor lombar ou que precisam de reabilitação nessa região, onde grandes graus de ADM provavelmente causarão dor, potencialmente se beneficiariam do RHE sobre o HE. Foi observada maior atividade do bíceps femoral foi durante o HE, o que pode ser útil para o fortalecimento geral dos isquiotibiais (músculo biarticular), muitas vezes suscetível a lesões.
A maior atividade do glúteo máximo durante o HE pode proporcionar uma variação da extensão do quadril para sobrecarregar a cadeia posterior, principalmente quando carregado. Isso também pode ser realizado em um protocolo de potencialização pós-ativação para melhorar o desenvolvimento de força horizontal (ex: “terra de hiperextensão” + saltos extensão) – deixei o vídeo do exercício no grupo Telegram!
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Forte abraço,
João Coutinho
📌 J Strength and Conditioning Res 33(8) 2019 [A1040]
imagem: ROUGUE