Velocidade da barra e aumento de força
Estudo feito com 20 homens com experiência em TF, divididos em 2 grupos; G1 = velocidade máxima 80-100% por repetição e G2 = ritmo escolhido pelo sujeito. Os sujeitos treinaram supino 2x por semana durante três semanas. Ambos os grupos treinaram com 85%1RM.
O G1 fazia as repetições até a velocidade da barra cair abaixo de 20% do máximo (medido por sensor eletrônico), enquanto o G2 fazia as repetições dentro do ritmo escolhido até a falha. A séries duravam até o G1 não conseguir manter a repetição dentro da velocidade e o G2 não conseguisse realizar uma repetição.
Após 3 semanas, o G1 melhorou em média de 10% na 1RM e um aumento médio de 2% na velocidade máxima, sendo estatisticamente significante. O aumento na velocidade no|G2 ficaram abaixo de 1% e o aumento de força foram discretos. Em função da manutenção da velocidade o G1 acabou realizando um volume menor de treino em comparação ao G2 e ainda assim os ganhos obtidos foram mais expressivos. Os autores atribuíram os ganhos de força e velocidade a um maior nível de ativação muscular com o protocolo de potência controlado eletronicamente.
Ainda que bons sensores eletrônicos possam ser bastante caros fora da realidade para a maioria dos treinadores (como a minha!), e que controlar a velocidade de cada atleta quando se faz preparação física com a equipe toda ao mesmo tempo seja bastante desafiador, a ideia de incorporar o conceito geral do artigo (poucas repetições em máxima velocidade) pode ser viável para ganhos de força e potência. Considerando também que para atletas juvenis ou com pouco desenvolvimento neuromuscular possa ser necessário utilizar cargas mais leves. Em função dos ótimos resultados obtidos em tão pouco tempo (apenas 3 semanas), os conceitos desse estudo merecem consideração.
Marque quem possa se interessar sobre o assunto. Forte abraço! (João Coutinho)
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ref – Int J Sports Med. 2012 May;33(5):376-80