Nível de força e recuperação
Um estudo recente (2015) investigou a influência no nível neuromuscular em marcadores de fadiga e dano muscular após uma partida de rugby (n= 21 / ~19 anos). Os atletas foram avaliados antes no YoYoIRT, agachamento e supino 3RM e classificados de acordo com os resultados como Alto-Neuromuscular (ACN) ou Baixo Neuronuscular (BCN).
Os níveis de creatina quinase, desempenho no salto vertical e flexão pliométrica foram avaliados pré e pós jogo e 24 e 48 horas após a partida. A intensidade das ações do jogo foi avaliada através de rastreamento GPS e sRPE (servindo como referência de carga externa e interna, respectivamente).
Os pesquisadores apontaram:
– Os atletas ACN apresentaram cargas de jogo mais altas em comparação com o grupo BCN.
– BCN apresentou maiores quedas de desempenho no testes salto vertical e maiores níveis de creatina quinase 24 e 48 horas após o jogo, mesmo tendo cargas de jogo menores.
Os autores concluem que melhorar a capacidade de correr em alta intensidade e aumentar a força dos membros inferiores (por exemplo, agachamento) provavelmente pode minimizar o tempo da recuperação pós-jogo.
Os resultados mostram os benefícios de ter um melhor nível neuromuscular, já que o grupo mais forte desempenhou mais no jogo e foi menos afetado fisiologicamente comparado ao grupo mais fraco. Um tempo de recuperação mais rápido permite retornar antes ao treinamento após uma partida. Ter um dia a mais de treino tem valor inestimável nos esportes, especialmente durante a temporada. O estudo mostra que um maior nível neuromuscular promove, além de mais desempenho, uma maior resiliência ao estresse físico.
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(João Coutinho)
REF – J Sci Med Sport. 2015 Mar;18(2):209-13.