Jump Squat: Estudo II
Quando se trata de seleção de exercícios de potência, atualmente temos os treinadores defensores do uso de derivados do LPO – isso me inclui – e aqueles que não são. Estes acreditam ser necessário muito tempo para se obter uma boa técnica de LPO perdendo assim um tempo valioso que pode ser obtido com exercícios alternativos mais simples – como o agachamento balístico (jump squat) por exemplo.
Um estudo recente comparou os efeitos do uso do Hang Pull com o agachamento com salto na barra hexagonal – o que torna o exercício mais simples (foto) – como exercício de potência principal no programa de treino.
Foram avaliados 18 nadadores universitários (10 mulheres e 8 homens) com experiência, divididos em 2 grupos: HP (high-pull) e JS (jump squat).
O estudo durou 10 semanas com o volume igualado entre grupos. Foram escolhidas cargas para otimizar o pico de potência do movimento (70% no HC e 20% de 1RM do grupo JS). Foram testados pré e pós no salto sem contramovimento, salto vertical e MT Pull isométrica. As medidas de altura, potência e TDF foram obtidas em plataforma de força.
Resultados obtidos
O pós-teste revelou que ambos os grupos melhoraram significativamente em cada um dos testes. No entanto, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos. Enquanto que entre os grupos não houve diferenças estatísticas significante, os resultados variaram em pequena escala em favor do grupo JS para o salto sem contramovimento, em picos de potência, TDF e pico de força isométrica no MT Pull. Portanto, parece que ambas as intervenções de treinamento podem melhorar significativamente os índices de potência em nadadores universitários, com um viés mais positivo em favor do JS.
Minha visão
Como sempre sou partidário que os treinadores tenham o conhecimento sobre suas “ferramentas de trabalho”, ou seja, exercícios e métodos de treino, ao invés de ficar preso defendendo uma ou outra abordagem. Afinal existem diversos caminhos para se chegar a Roma!
Ter preferência por um método não significa exclusividade. Gosto dos derivados do LPO, mas nem sempre os utilizo, assim como a pliometria e exercícios balísticos… tudo depende da situação que se impõe!
O importante para mim é que sei que posso superar adversidades como: falta de material/equipamento; baixa qualidade coordenativa/muscular do praticante; pouco tempo para treinar, efeito concorrente, entre outras tão comum no nosso dia-a-dia no esporte porque conheço diversas “ferramentas” e posso planejar o melhor trabalho possível dependendo dessas condições.
Próximo Curso
Se você se interessa pelo assunto LPO e Pliometria, vou ministrar um curso prático. As inscrições estão abertas e aproveite o valor especial fazendo os 2 cursos!
-> 02/Jul – São Paulo.
-> Inscrições no link http://bit.ly/SPpotencia2 .
Marque quem possa se interessar sobre o assunto. Forte abraço!
(João Coutinho)
Ref: Oranchuk DJ et al J Strength Cond Res. 2017 Apr 15